É lamentável saber que, cada vez mais, casos como este se tornam mais comuns, principalmente em nossa região (noroeste paulista). Quando fiz a reportagem, outros vizinhos disseram já desconfiar do comportamento do "treinador" há algum tempo, mas não pude publicar por falta de espaço gráfico.
Cabe a nós, profissionais da imprensa e cidadãos estar atentos, porque mesmo pessoas próximas podem sofrer com este tipo de abuso e por medo ou ameaça se mantem calados. Ao sinal de suspeita comunique a polícia. Essas pessoas, safadas ou doentes, não podem ficar nas ruas, representando perigo a nossas crianças.
Confira a matéria na íntegra, publicada em 27 de março no BOM DIA Fernandópolis:
Vívian Curitiba/BOM DIA Fernandópolis
O treinador da escolinha de futebol “Chicacá”, de Santa Fé, Vanderlei Bonini, conhecido como “Licão”, foi preso na tarde de quinta-feira (26) por atentado violento ao pudor contra seu aluno W.P, de 13 anos. O flagrante aconteceu na casa de Vanderlei através de denúncia da vizinha Célia Camilo, que há 6 anos notava uma movimentação estranha de garotos na casa. “Era um entra e sai escondido de meninos, eles chegavam a ficar mais de 2h trancados lá dentro. Eu tinha certeza que isso acontecia e até já havia denunciado, mas por não ter flagrante ele não pode ser preso”, afirmou. O sobrinho de “Licão”, Donizete Vieira Júnior, mora junto com ele na casa localizada na Rua 25, no Centro, ele conta que o tio era funcionário público e que nunca havia notado nada de estranho.
De acordo com a vizinha e colega de escola de W.P, D.S, de 12 anos, o treinador e o garoto eram muito amigos e sempre eram vistos juntos. “W.P sempre estava na casa dele, mas não podia imaginar o que acontecia”, disse ela.
Em nota à imprensa divulgada pela Polícia Militar ontem (27), o garoto confirma que há 3 meses Vanderlei praticava atos sexuais com ele, no entanto o acusado nega a denúncia. Visivelmente abalados, os pais do menino, Santino Aparecido Primo e Angela Maria Assoni não quiseram falar a respeito do caso.
A Polícia Científica esteve ontem no local do crime recolhendo roupas para análise da perícia técnica. Segundo a Delegada Gislaine Borges, o inquérito policial já foi instaurado e ela aguarda a conclusão do laudo de corpo de delito. Caso o acusado seja condenado por crime sexual a pena é de 6 a 10 anos de reclusão.
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