sexta-feira, 11 de abril de 2008

Projeto busca pessoas desaparecidas com ajuda de exames de DNA

Vivian Curitiba
para a AGE/UNAERP



O Projeto “Caminho de Volta” criado há 2 anos tem o objetivo de facilitar a busca de pessoas desaparecidas. Ele é uma parceria entre o Governo do Estado, a prefeitura de Ribeirão Preto (Secretaria de Segurança Pública) e a Faculdade de Medicina da USP. O projeto utiliza um banco de DNA, capaz de cruzar as informações genéticas dos familiares dos desaparecidos.Para a delegada da DIJU (Delegacia da Infância e Juventude) de Ribeirão Preto, Silvia Cristina Carretto, procurar identificar as causas do desaparecimento é o primeiro passo. “A negligência, a falta de diálogo e problemas domésticos facilitam a fuga dos lares”, afirma. A delegada diz ainda que casos de ordem criminal, como seqüestro e homicídios, também são investigados.
O projeto disponibiliza suporte psicológico aos parentes, que passam por entrevistas e são orientados a rever alguns conceitos, para diminuir a reincidência de desaparecimento. Mas esse não é o caso da adolescente J.,15 anos, que no mês de maio saiu de casa por 5 vezes, devido a problemas de relacionamento com a família.
De acordo com dados da DIJU, em Ribeirão Preto, de janeiro a julho de 2006, 25 meninos e 38 meninas desapareceram, e todos voltaram para casa em no máximo 2 dias. Atualmente há apenas 2 casos não resolvidos, o da menor S. de 10 anos, que está desaparecida desde fevereiro, mas os pais não têm interesse no projeto, e também o garoto D. de 17 anos, que está fora de casa desde o dia 18 de agosto e os familiares ainda não procuraram o “Caminho de Volta”, pois a polícia ainda investiga o caso.
“Apesar do projeto ser novo na cidade, é promissor e de grande importância no Estado, sendo motivo de esperança para muitas famílias”,diz a delegada. De acordo com Silvia, o trabalho é feito por uma equipe de profissionais capacitados. O grupo apresenta o Projeto “Caminho de Volta” aos familiares e depois, é feita a coleta de uma gota de sangue. O material é enviado para São Paulo, onde é feito o exame de DNA e formado um banco de dados para facilitar a localização do desaparecido. Uma entrevista também é feita com um questionário, no qual são informados dados pessoais e físicos da pessoa desaparecida.

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